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Colunista Wellington

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A Vida é um sopro!

Eu tinha apenas dez anos, quando meu pai me acordou e me disse: “Acorda filho ( me abraçou e completou), A Mamãe morreu!!! “ Na verdade durante a noite, eu tinha ouvido, assustado, o sofrimento da mamãe. Era mais ou menos meia noite, seu sofrimento e dor  para respirar ecoam em mim até hoje. Os gritos na sala, o desespero. Logo ela  que nunca fumou, teve asfixia mecânica e partiu nos braços de meu pai , com embolia pulmonar . 

Um trauma para mim até hoje. Por muitos anos  me senti responsável por não ter também acudido e quem sabe ajudado naquela hora. 
Naquela noite aos 10 anos, o medo me colocou em pânico . Os gritos de socorro dela me atordoaram. Com medo, me cobri todo embaixo das cobertas, inclusive os ouvidos. Depois de uns minutos, só silêncio.  Eu no quarto escuro, todo coberto , custei a adormecer. Ouvi alguns barulhos, carros, vozes, portas abrindo e fechando. Ouvi o que eu não queria ouvir. Éramos 8 irmãos, a partir dali, todos órfãos de mãe, todos menores.. Minha irmã mais velha, com 16 assumiu a casa para que meu  pai pudesse  continuar trabalhando o seu fardo. Hoje, quase meio século disso e ainda não esqueço de nada do que aconteceu naquela fatídica noite. Naquela madrugada. Naquela manhã.  

Lembro disso com tristeza, mas também por que, hoje, já com meio século de vida,  vejo uma luta incessante de todos  pela vida, disputas por  posses, terras, dinheiros, disputas até para ter razão … Brigamos por nada ou por pouco. Negociamos, debatemos, quando no fundo, os únicos propósitos da vida  são Amar, Evoluir, e Ajudar a fazer este mundo, um mundo melhor. 
Há pessoas que vivem a vida para enriquecer, esquecendo tudo, priorizando apenas o ter, não o SER. Mesmo sabendo da necessidade de ter, de possuir, de se garantir, saliento que o dinheiro é um excelente servo, mas mal usado é um péssimo senhor. Esquecemos  que “o ter vantagem”,  impõe tirar algo de alguém, ou seja , alguém vai arcar com algum prejuízo. Devemos entender que chegamos aqui na terra, da mesma forma que um dia iremos partir: não trouxemos nada, não levamos nada. A única bagagem vai dentro do nosso coração e do nosso cérebro.  O que aprendemos, o que evoluímos, o amor que tivemos. 

Aliás o amor é algo que se nós não o distribuirmos por egoísmo ou qualquer motivo  o guardarmos , será neste instante que nós o perderemos. Amor, quanto mais você dá, mais você recebe.
A Gratidão, o amor e o respeito ao próximo, a abnegação justa, o altruísmo e o aprendizado,   são válvulas para nossa evolução. Basta para isso, não endurecermos nosso coração e lembrarmos  que a vida não tem hora para cessar. Naquele noite fria de que falei acima , minha mãe havia feito café da manhã, almoço e janta para todos os filhos! Foi assim… Simplesmente  sem avisar. Foi como chegou ao mundo. No processo de dor da chegada e da partida. Levou o que trouxe para este mundo. Nada além do que estava em seu coração. Precisamos esquecer um pouco o ter e tentar SER.
É nesse sentido que todas as religiões pregam que somos todos irmãos independente da forma do pensamento. Da ideologia, do credo.
Para a nossa Barra Velha , Axé. 

Ao mundo Axé. Pedindo a Deus que alivie a crise mundial provocada por um único Presidente que acha que cobrar tarifas, só ele pode. É quase o  ditado: um por todos e todos por um. Só que ao contrário. O mundo está revoltado com Trump. Até o excêntrico Elon Musk.
Parabéns aos Jornalistas do Brasil pelo seu dia, em 7 de abril. Foi um jornalista daqui, que me honrou com seu apoio.  

Axé, Abenção a nossa Santa Catarina.

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