oposição
Data de Publicação: 16 de abril de 2025 16:15:00
OPOSIÇÃO X OPOSITOR
Na história do (P)MDB houve grandes políticos que se destacaram pela liderança e sabedoria, dos quais peço licença para citar: Ulisses Guimarães; Luiz Henrique da Silveira e Pedro Simon. Em seu discurso de posse no Palácio Piratini (1987), Pedro Simon afirmou: “saúdo a oposição — quanto tempo fui? — e a recebo com carinho e com afeto. Um país pode ter governo e não ser uma democracia e não preocupar-se com o seu povo. Um país que não tem oposição é porque não é democracia, e pobre do seu povo”. Em uma democracia saudável, a oposição é tão fundamental quanto o próprio governo. Representando a pluralidade de ideias, ela exerce o papel de fiscalizar, criticar e APRESENTAR ALTERNATIVAS. Mais do que um obstáculo, a oposição é parte do processo democrático, funcionando como um contrapeso necessário ao poder. Sem oposição, não há debate; sem debate, não há avanço verdadeiro. É a oposição que tensiona as decisões, desafia os consensos fáceis e impede que o governo caminhe sem limites. Mas é importante não confundir oposição legítima com o comportamento do OPOSITOR OPORTUNISTA. Enquanto a oposição atua de forma estruturada, com base em argumentos, projetos e responsabilidade institucional, o opositor muitas vezes surge apenas como uma figura reativa — alguém que é contra por conveniência, por cálculo político ou simplesmente por vaidade. O opositor oportunista não está preocupado com o mérito das propostas, com os efeitos das políticas públicas ou com o bem coletivo. Seu compromisso é com a crítica pela crítica, com o desgaste do outro lado, e muitas vezes, com a autopromoção. Em vez de contribuir com o debate, esse tipo de figura costuma empobrecer a discussão pública, polarizar sem propósito e gerar ruído onde deveria haver diálogo. Reconhecer essa diferença é essencial para fortalecer a democracia. O debate político precisa de vozes dissonantes, mas também exige responsabilidade. O verdadeiro opositor não é aquele que diz "não" a tudo, mas aquele que sabe quando e por que dizer "não" — e, mais ainda, quando e como propor o "sim". O momento em que nos encontramos anseia por menos vídeos sensacionalistas e mais propostas voltadas a melhorar a vida em sociedade, lembrando que a sociedade é composta por vermelho, verde, amarelo, crente, agnóstico, cristão, analfabeto, doutor... pessoas que amamos e desprezamos.