Português (Brasil)

Quatro anos na causa animal

Quatro anos na causa animal

Compartilhe este conteúdo:

Quatro anos na causa animal

“Atacam os ciclistas e motociclistas; não dá para passar na rua”. “Abrem os sacos e espalham lixo por todos os lados”. “Deixam cocô por tudo”. Essas são afirmações que se ouve diariamente em Barra Velha. Infelizmente, essas mesmas pessoas nem sempre reconhecem que o problema de animais soltos nas ruas existe por causa das más ações de gente irresponsável, começando por quem deixa sacos de lixo no chão, continuando pelos que não alimentam seus animais convenientemente e os soltam na rua para que não “façam cocô no pátio”, até o suprassumo da falta de cidadania: abandonam os bichos em lugares ermos para que nunca mais incomodem.

No meio desse cenário, um grupo de moradores preocupados com o sofrimento dos animais e, inclusive, a questão de saúde pública daí decorrente, cientes de que apenas preocupar-se e, principalmente, reclamar da situação não é suficiente, decidiram se unir e compartilhar suas capacidades para fazerem diferença na comunidade. Assim, no ano de 2020, surgiu a Barra Bicho, Associação de Proteção Animal. Com o propósito bem claro de não admitir demagogia com a causa animal, criou seu Estatuto que foi registrado no dia 17 de julho de 2020. Desde o início, contou com a adesão de protetores voluntários e mantenedores que contribuem com doações eventuais ou mensais em dinheiro, ração e, quando necessário, lares temporários. Por seus serviços à comunidade, foi reconhecida de Utilidade Pública Municipal pela Lei 2.207, de 12 de maio de 2023

De lá até hoje, já atendeu a mais de mil animais com vacinas, ração, atendimento veterinário, castração, proteção em lares temporários e encaminhamento para adoção. Sônia Cavalheiro, presidente da entidade, explica: “Nesse tempo, conseguimos dar vida digna a muitos animais, mas, infelizmente, em nossa cidade, há muitos que são abandonados e sofrem maus tratos. Eu diria que fazemos mais do que o possível. Os resultados poderiam ser bem melhores se houvesse mais apoio, mas continuamos lutando com entusiasmo. Tem gente que pensa que uma ONG recebe rios de dinheiro do poder público: não recebemos nenhuma verba, embora algumas ações do poder público tenham ajudado a causa. Se não fossem os voluntários, as pessoas que compram o mel e as roupas que vendemos nos bazares, as que colaboram com nossas rifas, não teríamos como fazer tudo que fazemos. Mas queremos fazer bem mais.”

Compartilhe este conteúdo: