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Primeira reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional em Joinville define ações iniciais contra uso de cigarro eletrônico nas escolas

Primeira reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional em Joinville define ações iniciais contra uso de cigarro eletrônico nas escolas

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Primeira reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional em Joinville define ações iniciais contra uso de cigarro eletrônico nas escolas

Na reunião, em 19 junho, foram propostas campanhas de esclarecimento e a edição de uma lei municipal prevendo multa administrativa e apreensão do material.

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A primeira reunião do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GT!) formado por inciativa das Promotorias de Justiça com atuação na área da infância e juventude da Comarca de Joinville para propor ações de prevenção e combate ao uso de cigarros eletrônicos no âmbito escolar discutiu uma série de medidas, que visam a afastar a criança e o adolescente do produto nocivo à saúde e ilegal no Brasil. As duas principais frentes de trabalho estipuladas foram a edição de uma lei específica e a realização de ações de educação e prevenção. 

A ideia é editar uma lei municipal sobre o tema, prevendo a apreensão e o descarte dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), além de multa administrativa para quem usar ou portar o cigarro. Também seria obrigatório afixar advertências em tabacarias e em locais públicos sobre a ilegalidade do produto e seus malefícios, bem como sobre a proibição de consumo em locais públicos. 

No âmbito da educação e prevenção, a proposta é desenvolver ações de esclarecimento e conscientização da população. Assim, o grupo pretende realizar ações orgânicas de publicidade ainda em 2024, com entrevistas de autoridades sobre o tema e projetos envolvendo a comunidade escolar. 

Participam do Grupo de Trabalho Interinstitucional a 4ª e 17ª Promotorias de Justiça da comarca, com atribuições na área da infância e juventude, membros da Secretaria Municipal de Assistência Social, das Secretarias Municipal e Estadual da Educação, da Secretaria Municipal de Saúde, da Vigilância Sanitária, do Conselho Tutelar, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da Câmara de Vereadores e da Procuradoria-Geral do Município.

  Relembre o assunto   

No dia 12 de julho, a 4ª e 17ª Promotorias de Justiça se reuniram com a rede de proteção à criança e ao adolescente para buscar meios de frear o consumo de cigarros eletrônicos entre os adolescentes no âmbito escolar. A reunião ocorreu no auditório da Coordenadoria Regional de Educação. A Resolução RDC n. 855/2024 proíbe a comercialização, a importação, o transporte, o armazenamento e a propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, além do uso em recintos coletivos fechados, sejam eles públicos ou privados.   

Entre os prejuízos dos DEFs estão o aumento do risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares, problemas no desenvolvimento cerebral e distúrbios de aprendizagem em jovens, o que preocupa a comunidade escolar de Joinville.   

Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar revelam que, em 2019, 16,8% dos estudantes no Brasil com idade entre 13 e 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, sendo 13,6% com idade de 13 a 15 anos e 22,7% com 16 e 17 anos. Quanto ao sexo, a experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%). 

A variação regional foi significativa, com maior experimentação do cigarro eletrônico nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), ficando menor do que a média nacional o Nordeste (10,8%) e o Norte (12,3%). Houve, ainda, aumento do número de estudantes de 13 a 17 anos que declararam consumo de cigarro nos 30 dias anteriores à data da pesquisa, com o percentual passando de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019.   

Programa TEAR 

Os trabalhos do GTI têm apoio do Programa TEAR- Técnica e Estratégias de Articulação em Rede ¿ que foi lançado pelo Ministério Público de Santa Catarina em 2023 e subsidia as Promotorias de Justiça no fomento e no desenvolvimento de técnicas e estratégias de articulação em rede que visem à garantia de direitos. O programa presta apoio ao projeto em Joinville e é executado pelos Centros de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (CIJE) e dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH) do MPSC. 


 

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC / Correspondente Regional em Joinville

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