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Morre em Barra Velha a professora Maria Beatriz de Oliveira, 95 anos, pioneira da educação pública local

Morre em Barra Velha a professora Maria Beatriz de Oliveira, 95 anos, pioneira da educação pública local

Data de Publicação: 23 de abril de 2025 03:43:00

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Morre em Barra Velha a professora Maria Beatriz de Oliveira, 95 anos, pioneira da educação pública local

22 de abril de 2025

por Juvan Neto

Barra Velha perdeu nesta tarde de terça-feira (22) uma das educadoras que marcaram a história da cidade. A partida da professora Maria Beatriz Marchi Oliveira foi confirmada por familiares, após ela passar por um súbito agravamento do quadro de saúde, e ser brevemente internada. O velório da educadora acontecerá a partir das 7h da manhã, na Capela Mortuária Frei Libório Schmitt, no centro da cidade, junto ao cemitério central, e seu sepultamento às 17h de amanhã.

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A professora nasceu em Nova Trento, em 6 de maio de 1929, e era filha de Catarina Battisti Archer Marchi e João Raimundo Marchi, ex-prefeito de Nova Trento. Iniciou seus estudos na Escola Estadual São Virgílio, participando sempre dos teatros, corais, e eventos culturais e religiosos. Em 1944 foi para Internato Colégio Santo Antônio em Brusque fazer o curso complementar.

Quando em suas idas e vindas nas férias para a casa dos pais em Nova Trento conheceu no ônibus seu futuro esposo, José do Patrocínio de Oliveira, o Zequinha., primeiro vice-prefeito eleito de Barra Velha (1969 a 1972).

Morre em Barra Velha a professora Maria Beatriz de Oliveira, 95 anos, pioneira da educação pública local

Começaram a namorar e em 31 de janeiro de 1948, veio a ser seu esposo. Constituíram uma abençoada família, com seus seis filhos; as primogênitas, gêmeas Marilda e Marília, os meninos Luiz Alberto, Gilson e José Carlos Nene de Oliveira, vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Barra Velha, além da caçula Maria Cristina, 12 netos, 19 bisnetos e 2 tataranetas.

Sua vida foi construída com muita dedicação, lutas, vitórias, mudanças e especialmente muito amor e muita fé. Logo após o casamento foram morar em Brusque, em seguida Itajaí e em 1951 chegaram em Barra Velha, tendo se estabelecido em São João do Itaperiú, onde seu marido comprou um ônibus e iniciou a primeira linha regular de transporte de passageiros ligando São João do Itaperiú, Barra Velha, Joinville e Itajaí.

Em 1953 mudaram para Barra Velha, e em 1957 compraram o Hotel do Porto das Canoas, onde por meses hospedaram os funcionários da Empreiteira Triângulo, que abriu a BR-101 Joinville-Itajaí. Em pequenos períodos ainda moraram em Joinville, sempre retornando a Barra Velha.

Cursou o Normal em Joinville, no Colégio Osvaldo Aranha e a Faculdade de História na Fepevi (hoje Univali), em Itajaí, cumulando os estudos sendo mãe, esposa, avó e professora. Iniciou sua carreira no magistério em 1954 em Barra Velha, na Escola Estadual Pedro Paulo Filipe, atual Escola Astrogildo Odon de Aguiar.

Seguindo como professora por 30 anos em Barra Velha, Joinville e São João, lecionando nas séries iniciais e também as disciplinas de História, Educação Moral e Cívica, OSPB, Ensino Religioso e também encarregada pelo Centro Cívico Escolar.

Dedicou-se ainda ao voluntariado, com atuação especial nos anos em que o marido foi vice-prefeito e presidente do Lions Clube de Barra Velha. Participou sempre ativamente das atividades religiosas, culturais e sociais de Barra Velha.

Aposentou-se do magistério estadual em 1984. Colaborou na criação do 2º Grau em Barra Velha e São João do Itaperiú através da CNEC, até o Estado assumir o ensino médio na cidade. Nesta breve história de vida profissional, o que carrega com muita alegria “é o carinho que tinha e tem por seus alunos”, lembrava sempre ela.

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